Vem de um mar longínquo, a meio mundo de distância, o esporte supercarioca que se transformou rapidamente em sucesso de público e crítica na orla da cidade. O stand up paddle nasceu no meio do Pacífico, lá longe no Havaí, mas foi neste cantinho ensolarado no Atlântico Sul que encontrou sua casa.
Apesar do nome estrangeiro, tem o DNA do Rio o remar plácido, de pé sobre a prancha, para saborear o ritmo pacato da maré, a brisa e a paisagem, conjunto mais que perfeito do lazer. Jamais por acaso, está entre os esportes que mais crescem no Brasil.
Para facilitar, o stand up até pode ser praticado em rios e lagoas, mas é no mar que se torna arrebatador. Basta observar a satisfação durante e depois de cada viagem sobre a prancha na água salgada. Conta, também, o perfil democrático do esporte, que produz apaixonados de todas as idades, sexos, tamanhos.
André Teixeira

André Teixeira
Beach boys de Waikiki
A SupCopa mantém estoque de 20 pranchas, que levam uma ou duas pessoas, pelo mesmo preço: R$ 50 a hora ou R$ 30 a metade do tempo. No verão, tem fila e o expediente se alonga de 8h até o pôr do sol, no meio da noite – muito por causa das condições perfeitas para o esporte no Posto 6. Afora nos dias de ressaca (próprias aos atletas cascudos), o canto da praia forma uma enseada de ondulações suaves e convidativas. “Aqui é o melhor lugar do Rio”, assegura Solé, apresentado ao stand up há pouco mais de uma década por um primo, dono de barraca diante do mar esmeralda de Angra dos Reis.
Ele até chegou tarde. O esporte inventado nos anos 1940 pelos beach boys da lendária praia de Waikiki – sob o nome Hoe He'e nalu, na língua nativa – desembarcou por aqui algumas décadas depois, trazido pelos pioneiros do surfe brasileiro. Os motivos eram práticos: o stand up servia como fase inicial de aprendizado dos movimentos mais radicais sobre as ondas. Num verão remoto, ganhou vida própria. A popularização viria muito depois.
André Teixeira
Como se diz hoje em dia, de boas.
Texto produzido pela Ecoverde Conteúdo Jornalístico
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