O sol nasce em Urucará, no Amazonas, e já desperta Lourdes Maria Monteiro Tavares, preparada para mais um dia de trabalho. Em época de colheita de guaraná, cultivado por sua família há gerações, pode-se dizer que a residência oficial da agricultora é o extenso terreno que dá vida ao fruto e que garante boa parte da renda dos Tavares. Para a plantação de sete hectares, dona Lourdes, como é conhecida na vizinhança, não vai sozinha. Conta com o apoio do marido, com quem está casada há 28 anos, e de dois filhos.
A amazonense de 46 anos dedica praticamente todo o seu dia, entre outubro e dezembro, ao cultivo e beneficiamento do fruto. “Construímos até uma casinha no guaranazal para a gente descansar e almoçar junto”, orgulha-se.
Uma rotina que já observava desde pequena ao ver seu pai, Seu José, sair cedinho para a roça. Ele foi um dos primeiros produtores de guaraná da região. Na época, a realidade era bem diferente. A produção das 40 famílias da comunidade de Boa Esperança era grande, mas não havia mercado. Logo, muitas venderam ou abandonaram as lavouras. Hoje, Lourdes agradece ao pai pela persistência: “Olha, quase que acabou foi tudo. Mas ele nunca desistiu. Sempre gostou de plantar e colher”.
Bruno Zanardo
Resultado? Ganham a companhia, os consumidores e, claro, Lourdes, que agora tem garantia de mercado e vê aquelas dificuldades passadas pelo pai ficarem para trás: “Aliviou muito! A gente não se preocupa com o destino do guaraná, que agora é certo”.
‘A gente não se preocupa com o destino do guaraná, que agora é certo’ – Dona Lourdes, agricultora
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Mesmo hoje aos 84 anos, Seu José cuida de uma pequena área onde ainda planta guaraná. “Nada grande, mas é uma forma que ele gosta de se ocupar. O guaraná é a vida dele e eu costumo dizer que esse carinho passou pra mim. Agora, eu passo para meus filhos”.
Reprodução
Texto produzido por #Colabora Marcas
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