Flávio Emanuel
Além da participação das empresas, o Fórum conta também com agentes locais e tem o objetivo de integrar as organizações e instituições que atuam no Médio Juruá para promover o desenvolvimento socioeconômico das comunidades ribeirinhas. As necessidades da região foram evidenciadas a partir da medição do Índice de Progresso Social-Comunidades (IPS), utilizado como instrumento de diagnóstico e avaliação socioambiental na região desde 2015.
‘Nesta importante parceira juntos com as comunidades locais compartilhamos nossas experiências, boas-práticas e recursos para atingir resultados de impacto.’ – Anna Toness
Na segunda medição do IPS, destaca-se o progresso obtido entre 2015 e 2017 em relação ao acesso à água e ao saneamento básico, que avançou nove pontos percentuais entre a população urbana e 21 pontos percentuais entre os ribeirinhos, fruto do trabalho e da mobilização social das organizações do Fórum do Médio Juruá.
A geração de renda das famílias extrativistas também avançou no período, com crescimento de 9% entre a população urbana e 5% entre os ribeirinhos. Outro aspecto com evolução positiva é o acesso ao conhecimento básico, que aumentou seis pontos percentuais nos dois casos. Diante do contexto socioeconômico mais desafiador no Brasil nos últimos dois anos, o IPS-Comunidades registrou pequena queda de dois pontos percentuais entre os ribeirinhos e de quatro pontos na população urbana.
Projeto participativo
De acordo com Anna Toness, Diretora do Programa para Conservação da Biodiversidade da USAID, a parceria com a
A SITAWI será a executora do projeto financiado pela USAID e responsável por coordenar as atividades, em parceria com organizações do território. “Todo o desenvolvimento do projeto se realizou a partir das demandas das populações. O projeto tem o potencial de ser transformador na região para empoderar as comunidades e servir como exemplo de como cadeias de valor sustentáveis podem conservar a biodiversidade e conduzir o desenvolvimento social na região. Isso deve ser um marco para outras regiões da Amazônia”, afirma Rob Packer, gerente de Finanças Sociais da SITAWI.
Educação e acesso à água
Nos últimos quatro anos, a
No caso da Natura, os investimentos devem se concentrar em realização de estudos locais, investimentos em fundos, fortalecimento da educação técnica e disponibilidade de recursos humanos para o desenvolvimento do projeto. Luciana Villa Nova, gerente de Sustentabilidade da Natura, comenta que para melhorar a qualidade de vida na região, a parceria precisa ir além da medição das condições de desenvolvimento local. “A cooperativa dos agricultores extrativistas do Médio Juruá é nossa parceira há 17 anos. Contribuímos com a geração de renda de cerca de 400 famílias no local, atuando em parcerias que visam o desenvolvimento territorial, fortalecendo assim os agentes locais com novas ferramentas que orientem políticas e investimentos sólidos e direcionados à melhoria da qualidade de vida das populações amazônicas. Por isso, os investimentos anunciados são tão importantes”, conclui.
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